Wednesday, December 28, 2016

TOFU PANADO no FORNO c/ CROSTA de ESPECIARIAS


TOFU PANADO no FORNO c/ CROSTA de ESPECIARIAS

Ingredientes:
1kg de Tofu
3 cebolas
shoyu
azeite
sumo de limão (facultativo)
gengibre

Polme:

Pão ralado e/ou sêmola de milho ou trigo
Sementes de Linhaça moídas
cerca de 100 a 150g Farinha de Grão e Azeite (ou Óleo)
mistura de especiarias: caril, gengibre em pó, caril, cravinho, alho, etc.
Água q.b.

Preparação TOFU:
Colocar o Tofu a marinar. Ou seja, cortar o Tofu às fatias (não demasiado finas para não se desfazerem, nem demasiado grossas de forma a poderem absorver bem os temperos) e depois, por camadas, ir temperando com todos os temperos: caril, gengibre (pode ser em pó e/ou ralado), cebola, shoyu, sumo de limão). Deixar a marinar algumas horas e para uma marinada mais prolongada (o ideal) acrescentar água, verificando sempre que a quantidade de azeite e sumo de limão será suficiente para permitir a conservação.

Preparação Polme:
Misturar a Farinha de Grão com um pouco de Óleo/Azeite. Misturar bem e ir acrescentando gradualmente água (há quem utilize água gaseificada).

Preparação Panadinhos:
Passar as fatias de Tofu pelo polme. Deixar escorrer e passar pela mistura do pão ralado e/ou sêmola misturados com as sementes de linhaça e especiarias.
Levar a “assar” no forno durante cerca de 30-40m a uma temperatura de cerca de 170º (num tabuleiro disposto com cebola cortada às rodelas
Pode-se também “fritar” mas a versão “assada” é evidentemente muito mais saudável.

Wednesday, December 07, 2016

Oficina de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural, 20 de Dezembro, 3ªfeira, 18.30

Oficina de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural
20 de Dezembro, 3ªfeira, 18.30
Casa da Horta, Porto


A Alimentação “Moderna”
Já dizia Hipócrates, o Pai da Medicina, “Somos aquilo que comemos”. Sendo a alimentação tão preponderante naquilo que somos e fazemos porque é que, tantas e tantas vezes, praticamos uma alimentação tão inconsciente e descuidada? Não acaba por ser inevitável o surgimento de tantos problemas de saúde (física, emocional e energética) associados ao nosso estilo de vida e à alimentação inconsciente que muitas vezes praticamos?
Pode-se dizer que a nossa alimentação se artificializou, industrializou e tornou em larga medida negligente. Quantas vezes reflectimos verdadeiramente sobre os nossos hábitos alimentares? Até que ponto nos preocupamos verdadeiramente com a qualidade e vitalidade da nossa alimentação? Até que ponto estamos empenhados no desenvolvimento de um estilo de vida e de uma alimentação verdadeiramente natural, equilibrada e consciente?

A Oficina de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural é pois uma oportunidade para investir em algo tão importante como a nossa própria Alimentação e Vitalidade. Para aprender também alguns dos fundamentos e alimentos mais importantes na Alimentação Vegetariana Natural – nomeadamente em termos de equilíbrio nutricional - de forma simples, prática, acessível e, literalmente, “com todo o gosto”!


Projecto Segredos da Horta
Segredos da Horta é um projecto que tem por finalidade a divulgação da "Alimentação Vegetariana Natural" nas suas diversas vertentes: nutricional, prática e filosófica.
Desenvolve-se, principalmente, através da realização de "Oficinas" de Formação em Alimentação Vegetariana, assim como diversos outros Cursos e Sessões Práticas. O projecto consiste também na realização de iniciativas e actividades como por exemplo Palestras, Almoços e Jantares Vegetarianos, Pic-Nics e Encontros, entre outros, com o principal objectivo de dar a conhecer e levar a experimentar a Alimentação Vegetariana Natural.

Formador
Pedro Jorge Pereira, praticante do vegetarianismo sensivelmente desde 2000, foi cozinheiro no Restaurante Nakité, no Porto, e Daterra, em Matosinhos, integrando actualmente a Associação Cultural Casa da Horta, que tem também no vegetarianismo um dos seus principais valores. Desenvolve um trabalho de divulgação da Alimentação Vegetariana Natural nas suas diversas dimensões. É formador e dinamizador do Projecto Segredos da Horta. Tem simultaneamente vindo a colaborar e desenvolver vários outros projectos e iniciativas na área da Alimentação Vegetariana Natural e da Educação Ecológica e Social.

Na Oficina de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural são preparados e confeccionados diversos pratos Vegetarianos, assim como transmitidos diversos conhecimentos e princípios que vão no sentido de desenvolver uma Alimentação com a maior vitalidade e o mais Natural possível.
No final de cada oficina são saboreados os pratos confeccionados.

Menu Previsto:

Paté de Feijão Branco e Alho Francês
Sopa de Algas e Cogumelos
Tofu Assado no Forno com Crosta de Especiarias e Sementes
com Arroz Integral
Bolo de Ananás e Côco

A quem se destina este workshops? Destina-se a quem tem por objectivo transitar (parcial ou totalmente) para uma Alimentação Vegetariana. Destina-se a quem, pretendendo manter uma alimentação convencional, tem por objectivo diversificar mais a sua alimentação e fazê-lo de forma consciente. Destina-se ainda a quem já praticando uma Alimentação Vegetariana e/ou Natural pretende aprofundar conhecimentos e ter contacto com novas abordagens.


Oficina de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural
20 de Dezembro, 3ªfeira, 18.30
Valor de Participação: 27,50 € (*)


Número de inscrições limitado (por razões de ordem logística). Prioridade de acesso à actividades por ordem de inscrição EFECTIVA
(*) 10% de desconto para associad@s “Hortelão” da Casa da Horta, associad@s do Centro Vegetariano ou no caso de duas ou mais inscrições. Descontos não acumuláveis.


Informações e Inscrições:
Enviar e-mail para:

Na resposta será enviada a Ficha de Inscrição na Oficina, assim como os Respectivos dados de confirmação.


Data Limite de inscrição:
18 de Dezembro, Domingo


Informações no Blog:
Evento no facebook:

Segredos da Horta – Alimentação Vegetariana Natural
Pedro Jorge Pereira - 93 4476236
email. segredosdahorta@gmail.com
blog. http://segredosdahorta.blogspot.com/
f.b.: https://www.facebook.com/segredosdahorta.alimentacaonatural/

Apoios:
Casa da Horta (LOCAL de REALIZAÇÃO da OFICINA)
CONTACTOS
Rua de São Francisco, 12A
4050-548 Porto
Perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges.
Tel: 222024123
email: casadahorta@pegada.net

Centro Vegetariano

Produtos:
Os ingredientes/alimentos utilizados podem, na sua grande maioria, ser encontradas na Loja Vegetariana do Centro Vegetariano.

PETA tricks people into drinking 'Dog Milk'

PETA tricks people into drinking 'Dog Milk'

Não deixa de ser interessante pensar no "relativismo cultural" que nos leva a achar normal consumir o leite de outra espécie como as vacas mas, ao mesmo tempo, nos leva a achar repugnante consumir leite de uma outra espécie como as cadelas ... de facto o leite é um dos maiores produtos de marketing do século XX sendo que muitos dos seus efeitos perniciosos, assim como todo o sofrimento implícito no processo produtivo, têm sido mantido "escondidos" ao mesmo que se apregoa, muitas vezes de forma falaciosa, os seus alegados benefícios ... é talvez tempo de repensarmos os nossos hábitos alimentares nomeadamente no que diz respeito ao consumo de leite!!

Tuesday, October 25, 2016

VEGETARIANDO por aí … Raw, 2016 10Outubro


O Raw é uma loja de produtos alimentares Bio que disponibiliza uma oferta muito diversificada de opções, que vão desde os cereais até às sementes, passando pelos chás, leguminosas, etc.
Um dos conceitos principais prende-se com o ecologismo pelo que todo o espaço é concebido em torno desse valor e os produtos escolhidos seguem essa mesma filosofia.
Uma das principais características prende-se, por exemplo, com o facto dos produtos serem vendidos “a granel”, prescindindo assim de embalagens supérfluas e com elevado impacto ecológico. É até possível cada um levar os seus próprios recipientes no caso de não querer utilizar os sacos de papel disponibilizados no local.
Para além da Loja propriamente dita, no Raw é ainda possível fazer algumas refeições com uma interessante oferta caseira para pequeno-almoço, lanche ou ainda para almoços leves.
É ainda de referir que no Raw acontecem algumas actividades tais como palestras, workshops, etc.
Fica situado em Matosinhos Sul muito próximo de estação de metro de Matosinhos Sul ou também da de Brito Capelo.
Para além da comida propriamente dita, merece ainda especial destaque toda a decoração e design interior …
Fica pois lançado o desafio para uma visita ao Raw e, para quem quiser, tornar-se cliente desta mercearia moderna.
Para saberem mais sobre o RAW espreitem a sua página no facebook e deixem lá o vosso “Gosto”:

Wednesday, June 22, 2016

Palestra sobre Vegetarianismo no Desporto - ACDRJN, 11 de Junho de 2016


No passado dia 11 de Junho de 2016 decorreu, na Casa da Juventude de Matosinhos, uma Palestra, organizada pela Associação Cultural e Desportiva Jogo de Negro – Grupo Capoeira Vadeia Porto com o tema “Vegetarianismo no Desporto”, tendo o Projecto Segredos da Horta, através do seu dinamizador – Pedro Jorge Pereira, sido convidado para dinamizar essa mesma palestra.
Na Palestra foram apresentadas e discutidas algumas questões relacionadas com a alimentação vegetariana e a prática desportiva, nomeadamente no que diz respeito à capacidade da alimentação vegetariana em providenciar todos os nutrientes e energia necessária para uma saudável prática desportiva.
A adesão foi bastante positiva, tendo a participação das pessoas inscritas sido também bastante interessada e dinâmica. De entre os vários temas abordados a ideia mais marcante que prevaleceu foi, sem dúvida, a de que uma Alimentação Vegetariana é não só compatível com qualquer prática desportiva de alta exigência como até, em muitos casos, consegue apresentar até consideráveis vantagens relativamente a regimes alimentares omnívoros.
Fica ainda o maior agradecimento à ACDRJN pela oportunidade e toda dinâmica organizativa, assim como à C.M. de Matosinhos, e Casa da Juventude de Matosinhos, por todo o apoio.

Wednesday, April 06, 2016

Vegetarianos há mais de um Século

 
 
 Desengane-se quem pensa que só há poucos anos os portugueses descobriram o regime vegetariano, o estilo de vida vegano ou fruti-crudívero. Em plena revolução da República, também se discutia dietética e ética à mesa, argumentava-se a favor de uma alimentação baseada em cereais, frutas e legumes, que banisse do prato a carne e o peixe. Por influência de movimentos vegetarianos que surgiam em vários países da Europa, também em Portugal, por volta de 1908, começava a 'revolução' vegetariana.

Pinhões, castanhas, frutas secas, aveia, farinhas integrais, pão de glúten, vinho sem álcool, azeite sem acidez - a lista de alimentos recomendados para uma alimentação sã era extensa. Já na altura se dava importância aos sumos naturais e se comercializavam «marmitas» para cozer legumes a vapor (as famosas panelas Hygie).

O grande impulsionador do vegetarianismo e naturismo foi o médico Amílcar de Sousa, que vivia no Porto e conseguiu mobilizar outros médicos e personalidades da burguesia portuense para «o estilo de vida natural e saudável». Em 1911 foi fundada a Sociedade Vegetariana de Portugal pelo comité que publicava a revista O Vegetariano. Uma publicação mensal que chegava a vários pontos do país e tinha assinantes no Brasil e nas colónias, especialmente em Angola e Cabo Verde. A associação chegou a registar mais de três mil sócios, corria o ano de 1914.

Hotel Vegetariano

Em 1913 abria com alarido o Grande Hotel Frutí-Vegetariano, a dois passos da estação de São Bento no Porto! Uma pensão naturista, situada no número 26 da Rua dos Caldeireiros, que ocupava quatro pisos e chamava a si o mérito de ser «a primeira casa fundadora da cozinha vegetariana» e o único estabelecimento do género em Portugal. O hotel, equipado com «uma sala de jantar decorada com gosto e belas paizagens», recebia «comensais» com mensalidades a partir de «13$00 reis», anunciava O Vegetariano.

Na mesma altura surgia em Lisboa, no número 100 da avenida da Liberdade, a Maison Vegétarienne, um espaço que aplicava os princípios do vegetarianismo. No local onde se serviam refeições vegetarianas, faziam-se consultas naturistas e vendiam-se produtos dietéticos. Abriam e fechavam pequenos estabelecimentos ao sabor da procura. Discutia-se o poder curativo da dieta vegetariana e, em especial, do regime frugívoro – que defendia o consumo exclusivo de frutas frescas e secas – como uma forma de purificação do organismo e de causar o mínimo impacto na natureza.

Em eventos sociais, muitos não abdicavam do regime naturista. O casamento entre o editor da revista O Vegetariano e Julieta Ribeiro terá sido a primeira boda vegetariana do país, em 1914. O enlace foi divulgado precisamente por oferecer aos convidados um menu de frutos e não de «despojos cadavéricos».

A revista publicava fotografias de pessoas que tinham aderido ao vegetarianismo, até mesmo de crianças. Ensinava a fazer sementeiras, a cultivar frutos e a tirar o máximo de proveito dos alimentos crus na alimentação. Num anúncio pitoresco o médico Amílcar de Sousa aparece em cuecas a trepar a uma árvore com o slogan: «Só diz que o Bacalhau é bom, quem nunca provou destes frutos!».

Foi um sucesso o primeiro livro de receitas vegetarianas português, que Julieta Ribeiro publicou em 1916. Culinária Vegetariana, Vegetalina e Menus Frugívoros (editado pela Sociedade Vegetariana) esgotou e chegou à quarta edição! Antes dessa data, apenas se conhece um livro, O Cozinheiro Prático, que tinha uma secção de receitas vegetarianas traduzidas.

Comida de Grilo

Será ético comer animais? Provocar-lhes a morte? O debate sobre o vegetarianismo era intenso nos círculos intelectuais do início do século XX. O escritor Jaime de Magalhães Lima era um dos defensores acérrimos e desfiava argumentos de peso, citando grandes filósofos vegetarianos da antiguidade e a tradição milenar do vegetarianismo no oriente. Também o poeta e escritor Ângelo Jorge se destacou ao escrever a novela naturista Irmânia. No Alentejo, o anarquista e sindicalista António Gonçalves Correia, conhecido pelas suas longas barbas e cabeleira revolta, comprava animais para os libertar. O sofrimento animal era um assunto polémico. Discutia-se o naturismo ao serão - em casas de chá, de frutas e de leitura - como hoje se discutem os assuntos do dia nos media ou na internet.

No filme O Pai Tirano, de 1941, há uma passagem que brinca com um dos personagens que «só come comida de grilo», e este responde que o grilo «é um bicho sábio, pois alimentando-se exclusivamente de vegetais, segue a lei sã da natureza». Era Eliezer Kamenesky, que participou também nos filmes A Revolução de Maio e O Pátio das Cantigas. Viajou pelo mundo e enchia salas com as suas conferências em defesa do naturismo e vegetarianismo. Fixou-se em Lisboa nos anos vinte, privando com Fernando Pessoa que chegou a prefaciar um dos seus livros.

O interesse pelo vegetarianismo tinha esmorecido mas ressurgiu em força nos anos setenta. No virar do milénio deu-se o boom das lojas dietéticas e dos restaurantes vegetarianos. Serão trinta mil os vegetarianos em Portugal, segundo um inquérito.

Tirar a carne do prato não basta. É preciso que outros alimentos supram as carências proteicas, como a soja, tofu, seitan e as diversas leguminosas. À tónica da alimentação saudável, vieram juntar-se as razões ecológicas - tema escolhido para edição deste ano da semana vegetariana, assinalada em simultâneo em vários países.


Verdes Datas

1909 – Primeira edição da revista mensal 'O Vegetariano'
1911 – É fundada a Sociedade Vegetariana de Portugal, no Porto
1912 - Surge a Cooperativa Frutariana de Lisboa, que se torna a Maison Végétarienne
1913 – Abre o Grande Hotel Frutí-Vegetariano, no Porto
1913 – É criado o Núcleo Naturista de Lisboa, que dará lugar à Sociedade Portuguesa de Naturalogia, ainda em funções
1916 – É editado o primeiro livro português de receitas vegetarianas
1962 – Abre o restaurante A Colmeia, em Lisboa, o mais antigo ainda em funcionamento
1971 – É fundada a UNIMAVE, União Macrobiótica e Vegetariana
1974 – Abre a primeira loja Celeiro-Dieta na baixa em Lisboa
2001 – Surge on line o que viria a ser o Centro Vegetariano
2004 – É criada a actual Associação Vegetariana Portuguesa

Autoria: Gabriela Oliveira, com Nuno Metello

Artigo publicado no semanário SOL, a 30 de Setembro de 2011, durante a Semana Vegetariana, pp. 40-41.

NOTA: Apesar de a Associação Vegetariana Portuguesa, como grupo informal, ter surgido em 2004, foi oficialmente fundada apenas a 19-04-2006 (data da escritura de constituição). A primeira AVP foi fundada a 19-04-1968 e depois extinta nos anos 80, integrando-se na Sociedade Portuguesa de Naturalogia.